Claro que não.
Frágil que seja, de papel e taquara, nenhuma se dá ao exercício fácil de
Voar, levada suavemente pelas mãos de alguma corrente.
Nunca.
Elas metem a cara.
Vão em frente.
Têm dessa vaidade de abrir mão de brisa e preferir a tempestade.
Como se crescer e subir fosse descobrir em cada vento contrário uma oportunidade.
Como se viver e brilhar fosse ter a sabedoria de ver uma lição em cada dificuldade.
No fundo, no fundo, todo mundo deveria aprender na escola a empinar pipas,
Pandorgas ou raias.
Para entender desde cedo, que Deus só lhes dá um céu imenso porque elas têm
Condições de o alcançar.
Assim como nos dá sonhos, projetos e desejos, quando possuímos os meios de os
Realizar.
De tempos em tempos, voltaríamos às salas de aula das tardes claras só para vê-las,
Feito bandeiras, salpicando o azul.
Assim compreenderíamos, de uma vez por todas, que pipas são como pessoas e
Empresas bem sucedidas: usam a adversidade para subir às alturas.